sábado, 27 de junho de 2009

Os lamentos do Rei de Copas.


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A fraqueza parece querer me consumir numa onda de auto flagelo sem antecedentes,
em minha mente.
Talvez por isso parece doer muito mais além do que meu corpo pode suportar.
Mas isso vai além.
Eu já senti essa dor outrora.
Então meu corpo a conhece .

Conhece suas nuances.

Não deveria doer tanto .
Não deveria nem ao menos doer.
Mas parece uma dor nova.
Uma marca nova.
Um novo corte.
Numa pele velha e já calejada.
Cicatrizando em chamas .
Parece que até a cura judia do doente.
Como uma injeção desnecessária.
Um remédio amargo.
Fel .
Ácido.
E cruél.

O dono de todas as curas parece não passar mais.
Parece-me andar para trás.
Andar para a direção dos dias saudáveis de ontem.
Um dia bom.
Quente.
No inverno.
Que vem mostrar ao frio que seus dias não podem durar para sempre.

O sempre que não existe mais.
A vida que mudara de rumo.
Contra a minha vontade .
Contra a minha maré.

O medo da sede.
O medo dá sede.
E isso da medo aos nervos.
O controle nas mãos do sádico infante.
Cuja direta traz a lente .
Aproveitando o morno do sol para incendiar o inseto.

Que no sol do inverno parece padecer .
Na etenidade das horas de dor.
Minutos infinitos.
Segundos perpétuos.

Mas sem queimar até seu fim.

Só sofrendo as dores .
Angustias calmas e sem pressa.
De deixar a pele.
De deixar de existir na pele.
Sem deixar de se sentir na alma.
O calor brando do sol.
No inverno.
Sob a lente.
Ampliando a angústia do que sofre ...
...para a alegria do que assiste.
O pequeno infante ...
...de lupa na mão.

Vejo em mim um sorriso .
Como maldição .
As lagrimas vem e vão,
quase lisergiando a dor,
por saber que minhas púrulas
lhe trazem satisfação.

Sorria sempre...
...e tenha uma excelente madrugada....

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